quinta-feira, 15 de abril de 2010

POLÍCIA, BANDIDO



Na grande mídia foi divulgado um vídeo onde policiais militares batiam e acuavam um menor na periferia de Teresina. O acossavam com safanões, empurrões, tapas e chutes. Fiquei me perguntando ao assistir a cena na internet se aquele garoto estava se drogando ou se os policiais é que estavam drogados quando chegaram ali. Sim, a última hipótese não é mais absurda do que a primeira.




Em Teresina, como em outras cidades do Brasil, os aplicadores da lei não são somente magistrados. São sobretudo policiais. Eles, a um só tempo julgam, absolvem ou condenam, e aplicam penas nas ruas de nossas cidades, como no filme The Judje, estrelado por Stalone.

Eu mesmo, Zé Coitér, já fui vítima de imbecis vestidos de fardas camufladas. Certa vez eu estava com um amigo numa praça, e espantei-me ao ser abordado por motoqueiros gritando, Me dá a arma! Medá logo a arma filho da puta! Numa fração de segundos pensei, Que diabos é isso, e ofereci aos nobres mantenedores da paz e da ordem social os meus documentos. Debalde. A polícia não queria saber quem eu era, mas ao ter me visto, já tinham em mente a minha sentença, e estavam dispostos a aplicá-la. Foi sorte não ter apanhado, mas até eu conseguir demosntrar que era um estudante, sofri, ouvindo berros, assédio moral digno de fazer um conto de Sade parecer um conto de fadas.

Conheço praças, oficiais, membros das elites policiais, e já tive várias oportunidades de dialogar com traficantes, assaltantes, assassinos. Se não fosse a farda, eu não saberia distinguir primeiros e últimos. Acredito até haver em alguns dos últimos mais dignidade e honra do que em alguns dos primeiros.

Todos os dias policiais roubam, todos os dias policiais matam, todos os dias policiais usam drogas (alguns só conseguem fazer a ronda dopados de cocaína). E ao vir à tona um vídeo como o do jovem menino (delinquente ou não) sendo covardemente humilhado por três imbecis de farda, um porta voz da mentira vai à mídia dizer que isso é ação de uma pequena parcela da corporação. Mentiroso. Crápula.

Culpa-se Correia Lima como se ele fosse o câncer extirpado dos batalhões piauienses, que se tornaram limpos, alvos, dignos de honrarias e medalhas, mas esses porcos não me enganam. Os que estão aí, à solta, são piores do que ele. Baseiam-se na mentira, no acovardamento da sociedade, na prisão perpétua para o pobre, na lei do forte, na tortura e na execução sumária.

Poso até estar correndo perigo ao publicar esse tipo de postagem, porque são mafiosos também os nossos policiais. Como os governates do nosso país, não gostam de ser contrariados nem de ter suas vergonhas expostas como vergonhas, mas como virtudes. Mas não posso me calar face a imbecis que têm a pretensão de querer estar acima da lei, já que fui uma vítima direta de tais aberrações...

Desculpem a falta de coesão, a parca coerência, o deslide entre os parágrafos. Antes de um texto isso é um esporro de indignação.

1 Comentário:

sefesea disse...

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